Para sentir e tocar na floresta da Amazônia, a trilha da Floresta Nacional do Tapajós (FLONA) é um programa imprescindível no seu roteiro em Alter do Chão no Pará. Na trilha guiada que fiz com minha família, e conto a seguir, é possível conhecer a riqueza da floresta, abraçar árvores (inclusive “vovozona”, samaúma), além de tomar um banho energizante no igarapé. Com vocês, a minha experiência inesquecível na trilha da Floresta Nacional do Tapajós.
Como é a trilha da Floresta Nacional do Tapajós: Alter do Chão
A Floresta Nacional do Tapajós (FLONA) é uma unidade de conservação do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação). Tem cerca de 527 mil hectares e está situada à beira do Rio Tapajós na Amazônia. Abrange os municípios do Oeste do Pará, como Belterra. Ideal para um passeio bate-e-volta a partir de Alter do Chão com fiz no roteiro que publiquei neste post do Café Viagem.
Como contratar o passeio até a trilha da Floresta Nacional do Tapajós?
No meu caso, a trilha da Floresta Nacional do Tapajós estava inclusa no cruzeiro que fizemos pelos Rios Arapiuns e Tapajós. No entanto, quem se hospeda em Alter do Chão pode contratar empresas da região que levam até a floresta via terrestre ou fluvial. Particularmente, tecomendo o serviço de lancha da Cuicuera Ecotour que contratei para ir até o restaurante Casa do Saulo e outras praias nos arredores. Gostei muito.
O trajeto de Alter do Chão até a FLONA dura em torno de 1 hora de barco.
A reserva tem entrada controlada pelas comunidades. O passeio só pode ser feito contratando guias nativos credenciados como os da Comunidade de Jamaraquá, onde fizemos a trilha.
A FLONA é um dos principais passeios para quem visita Alter do Chão, o Caribe da Amazônia.
Em frente à Ilha do Amor de Alter, você vai encontrar vários serviços de lanchas que fazem passeios e transporte até a FLONA. Você pode contratar um dia de passeio ou apenas o transporte até a floresta. Lembrando que a trilha na FLONA dura em torno de 4 a 6 horas. Logo, reserve no mínimo um turno inteiro para esta atração.
Trilha do Piquiá na Floresta Nacional: Comunidade de Jamaraquá
Nosso grupo chegou bem cedo na Comunidade de Jamaraquá na Floresta Nacional do Tapajós. Fizemos a chamada trilha do Piquiá com guia local.
Trilha da Floresta Nacional do Tapajós: 10 a 11 km de caminhada
Foram em torno de 10 a 11 km caminhando na mata (ida e volta). Uma trilha considerada moderada a difícil. Ao meu ver, achei bem tranquila, exceto a área que faz uma descida para o banho no igarapé que tem um declive bem acentuado e utiliza até cordas como corrimão.
Entrentanto, apesar de longa, a trilha não tem grandes subidas, o que facilita o percurso.
O que fazer na Trilha da Floresta Nacional do Tapajós
Ao longo da caminhada, o guia, um nativo descende de povos indígenas tapajônico, nos apresentou o “shopping da Floresta Amazônica“. Ou seja, as riquezas. Na floresta encontramos perfume, remédios e até um leque, tudo 100% natural.
Inicialmente, passamos pela floresta secundária que é resultante de um processo natural de regeneração da vegetação, em áreas onde antes havia floresta primária.
Floresta primária: árvores gigantes
A emoção maior acontece ao chegar na floresta primária que é considerada a mata intocada. Resumidamente, é uma florsta onde o homem não provocou mudanças e, por isso, tem imensa biodiversidade e árvores gigantes. Além disso, você percebe uma mudança no solo e até na vegetação.
A saber: é nesta área de floresta primária que encontramos a famosa sumaúma “vovozona”, árvore gigante entre 900 e 1100 anos de idade. Sem dúvida, uma das grandes atrações do passeio na Floresta Nacional do Tapajós.
Mirante na trilha da Floresta Nacional do Tapajós
Outro momento impactante do passeio é a chegada a um mirante onde é possível observar a imensidão da floresta Amazônica.
Banho no Igarapé da Floresta Nacional do Tapajós
A partir do mirante, seguimos caminho até o banho energizante no Igarapé onde a equipe do nosso barco Amazon Dolphin preparou uma surpresa: um piquenique lindo!!
Energias renovadas, voltamos caminhando com chuva durante 3 km. E foi maravilhoso. Já nem lembro se foram 5 ou 6 horas de passeio. Provavelmente, como andamos devagar para acompanhar pessoas de mais idade no nosso grupo (entre 70 e 80 anos), a trilha demorou mais do que o habitual.
Dica: o valor do passeio fica mais caro com o Igarapé no roteiro, mas vale a pena!
Artesanato e energias carregadas após a trilha
Ao término da trilha você pode optar por almoço na comunidade e compras de artesanto. Aliás, é uma boa forma também de colaborar com o turismo de base comunitária que ajuda as pessoas que vivem nessa região.
O que levar e vestir para visitar a Floresta Nacional do Tapajós
Com certeza, o ideal é vestir roupas e calçados adequados. Ou seja, bem confortáveis e leves. De preferência, impermeáveis e com tecidos recomendados para trilha. Lembre-se que em determinadas épocas do ano pode ter muito mosquito na mata. Logo, um bom repelente é extremamente necessário. De quebra, uma mochilinha para a água e roupas extras (levei capa de chuva e usei!) é sempre bom.
Onde ficar em Alter do Chão: dicas de hospedagem
O destino tem vários estilos de hospedagem. Para quem quer economizar com charme e excelente localização indico a pequena pousada de apenas dois quartos do Quintal da Cuiarana. Para quem quer ter a experiência de uma hospedagem mais boutique em meio a mata, recomendo Pousada Villa Arumã ou a Vila de Alter. Outra ótima sugestão, proposta mais diferenciada, é a Casa da Árvore para até 6 pessoas.
Quanto custa: visitação
Por fim, saiba que para visitar a FLONA Tapajós não é preciso pagar taxa de entrada! Porém, é necessário contratar o guia local que faz passeios para grupos pequenos (em torno de R$ 100 a 200 reais para grupo). Basta se dirigir a uma bases de controle de entrada da Floresta, como a que visitamso deste post, a Comunidade de Jamaraquá.
Mais informações no site do ICMbio
Quando visitar Alter do Chão e a Floresta Nacional do Tapajós
Nós visitamos Alter do Chão e a Floresta em janeiro, período considerado inverno amazônico e época das cheias (janeiro a junho). Período que chove bastante na região. Inclusive, entre fevereiro e junho, as praias de Alter do Chão desaparecem. No entanto, nossa viagem que aconteceu em janeiro foi excelente, pegamos ainda praia e pouca chuva!
A alta temporada em Alter do Chão é o verão amazônico, entre agosto e dezembro. Sendo assim, é a época você vai encontrar mais faixas de areia. Afinal, a chuva é mais escassa e os dias de sol mais abundantes.
SAIBA MAIS
FLORESTA NACIONAL DO TAPAJÓS
Comunidade de Jamaraquá (Trilha do Piquiá)
Belterra | Pará, Brasil
Site www.icmbio.gov.br/flonatapajos/guia-do-visitante.html
Para maiores informações, envie email para: [email protected], ou ligue para (93) 35220564.
>> Roteiro Alter do Chão – veja aqui o post da nossa viagem
>> Veja mais fotos desta viagem no perfil e Destaque do Instagram @cafeviagem
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Oi, sou a Alexandra Aranovich
Autora do blog Café Viagem, criadora de conteúdo e sommelier. Degusto a vida entre vinhos, viagens e café da manhã. Moro em Porto Alegre, mas vivo com o coração no mundo. Como posso te ajudar a degustar teu sonho?