San Blas de barco – férias a bordo do Sail Ipanema
As férias em família em San Blas de barco a bordo do incrível Sail Ipanema é uma experiência dos colaboradores do Café Viagem (e grandes amigos) Juliana Jung e Jairo Pereira. Eles adoram viajar em família, principalmente para destinos de praia onde possam mergulhar e praticar SUP. O texto da Jú mexeu comigo. Quero cada vez mais viagens assim para meus filhos. Obrigada, Jú e Jairo pelo post inspirador.
*Texto Juliana Jung , Fotos Jairo Pereira e Renato Matiolli
Nessa viagem em família queria algo calmo, que pudéssemos ter um contato total com a natureza e o mar. Longe de tudo e de todo o monstro do consumismo. Queria que o meu filho Gui tivesse uma experiência diferente, que não relacionasse viagem com compras e sim com experiências de vida, de cultura e de natureza. Que saíssemos da zona de conforto, que fosse uma aventura.
Ainda brinquei imaginando que a única maneira disso acontecer nos dias de hoje seria em uma ilha. Ou, quem sabe, dentro de um barco, bem longe de tudo. E pensando um pouco mais, me perguntei : e por que não ? E assim, descobri e comecei a pesquisar sobre o Sail Ipanema.
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Quem é o Sail Ipanema
Resumidamente: o barco Ipanema pertence a um casal de brasileiros, a Sarah Moreira e o Renato Matiolli, que optaram por viver pelo mundo a bordo de um Catamaran de 45 pés. Venderam tudo e se jogaram nessa aventura. Para pagarem as contas, hospedam pessoas de todas nacionalidades nas 4 suítes do veleiro batizado de Sail Ipanema.
Os preparativos para viajar a San Blas de barco
Primeiro, li todo o site www.sailipanema.com para ter total segurança de que conseguiria embarcar com a família nessa aventura, principalmente com uma criança de 11 anos, nosso filho. Conclui que tínhamos todos os “ requisitos” para amar a viagem. Assim, iniciei as trocas de emails com o Renato, tentando conciliar as datas e o local onde nos encontraríamos.
Ficamos quase um ano planejando tudo. Na época, eles estavam na Grécia e ainda não tinham atravessado o Atlântico. Mas o plano era estarem pelo Caribe no período da nossas viagem que aconteceria nas férias de julho.
San Blas, um arquipélago no Panamá
No troca-troca de e-mails, surgiu a ideia de SAN BLAS, um arquipélago a leste do litoral do Panamá, com águas calmíssimas, limpíssimas, lindíssimas. E o melhor de tudo: com voo direto de Porto Alegre (onde moramos) ao Panamá, ponto de saída para as ilhas. Tudo se encaixou e foi só arrumar as malas. Partiu, aventura !!
SOBRE SAN BLAS – DICAS
San Blas é um arquipélago no Caribe, com 365 ilhas de todos os tamanhos, desde as pequenas (tipo desenho animado com apenas três coqueiros) até as maiores com vilas , casas e uma certa estrutura como Carti. No entanto a grande maioria é desabitada, ou tem apenas algumas poucas famílias indígenas Kunas, que vivem do turismo, do artesanato chamado Mola, alugando as cabanas ou servindo almoço para quem vai passar somente o dia. As mulheres são as chefes das famílias e donas das ilhas. Usam enfeites nas pernas e nos braços e se enrolam com um tecido colorido como saia.
O povo Kuna Yala, são os donos originais dessas ilhas e, após muita negociação com o governo do Panamá, hoje eles voltaram a controlar as sus terras. Essa região é considerada uma comarca com estatuto de província, ou seja, possuem autonomia do governo panamenho. Os Kunas são os únicos que podem explorar as terras e operar o turismo na região, controlando a entrada das pessoas e cobrando passe dos turistas. Fora eles, os barcos de chartes são os únicos que possuem autorização para turistar.
CHEGANDO EM SAN BLAS
Para chegar a San Blas é meio complicado, quase uma saga. Primeiro é preciso fazer um transfer de carro da capital, que fica do lado do Pacífico, para o lado do Atlântico. O motorista busca onde você estiver , faz o percurso de 3 horas, subindo e descendo uma serra cheia de curvas, até chegar nos portos Kunas. Lá, embarca em uma lancha que leva para a ilha pré combinada. No nosso caso, fomos para a Ilha de Chichime, mas existem muitas outras que são habitadas pelos índios Kuna Yala e que servem aos turistas. Nos visitamos algumas delas.
Após 45 minutos de lancha chegamos ao paraíso. Fomos recebidos por um Kuna supersimpático, que nos mostrou nossa cabana , explicou como eram as refeições e tudo mais. A hospedagem tem tudo incluído: café, almoço e jantar.
Várias agências entram em contato com os índios e agendam o kit: transfer + lancha + hospedagem. Nós resolvemos organizar tudo com a ajuda do Renato (do veleiro), diretamente com a Kuna, dona da ilha Chichime.
DORMINDO A PRIMEIRA NOITE EM UMA CABANA KUNA
Optamos em ir um dia antes de embarcar no Sail Ipanema e ter a experiência de ficar na Ilha e dormir na cabana. A acomodação é muito simples, feita de taquara e possui apenas uma peça com as camas e uma sacada em toda a sua volta. No início não entendi bem o motivo de tal luxo, mas à noite, quando choveu, tudo fez sentido. Por causa das telhas a mais ao redor da cabana, não entrou nada de água durante a chuva.
No meio da ilha existe uma sede, um refeitório onde todos se reúnem na hora da comida. Os banheiros também ficam junto e banho só de ducha externa, com água salobra de poço. Tudo muito rústico, bem diferente das mordomias que estamos acostumado. É, literalmente saímos da rotina, como eu havia planejado e sonhado.
A NOITE NA CABANA KUNA
À noite, existe um gerador ligado até as 21 horas. Depois desse horário, só lanternas e escuridão total. O meu filho Gui ficou espantado com a imensidão de estrelas, nunca tinha olhado para o céu sem nenhuma interferência de luz. Também brincamos de procurar caranguejinho de areia com as lanternas. Adorei a experiência, mas tenho certeza que não é para qualquer um. O próprio Gui se assustou durante a chuva à noite, com o barulho dos cocos caindo e dos raios iluminando o quarto. Pulou para cama e dormiu abraçado no Jairo. A mãe desnaturada não viu nada. A casa pode cair que sigo dormindo. Aliás, aquela noite, até bom o ventinho refrescante… kkkk.
Na manha seguinte, Renato nos buscou e embarcamos no lindo catamaran e a vida voltou a ter conforto (mesmo fora da zona de conforto!).
EMBARCADOS: SAN BLAS A BORDO DO SAIL IPANEMA
Bom, o que dizer desss 8 dias maravilhosos em que ficamos hospedados com a Sarah, o Renato e o mascote Feijão ( paixão do Gui ). É difícil colocar em palavras escritas, sempre vai parecer menor do que foi. Se eu contasse ao vivo teria a emoção que vem com o som, a força da minha entonação, os suspiros,… Talvez escrevendo que foram alguns dos melhores dias da minha vida explique um pouco tudo que nos aconteceu.
Sem falar que o destino eleito é lindo demais. Digo que valeu a pena por dois grandes motivos: embarcar no Sail Ipanema e conhecer um destinos como San Blas, que dupla! O barco é superconfortável, tem tudo que a gente precisa. Quase não balança, o pouco que mexe da a sensação de um embalo na rede, dando um sono gostoso.
As acomodações do Sail Ipanema
A cama é ampla e gostosa. Possui todos os equipamentos de mergulho que se possa imaginar, além das pranchas , SUPs e bote. A parte interna é grande, possui 4 suítes mais uma cozinha com sala. Na parte externa, espaço para curtir o visual, tomar banho de sol e outra mesa de refeições. Bom demais. Na estadia também está incluso, além de todas as refeições, as toalhas, os lençóis e uso de alguns dos equipamentos de esporte.
No entanto, para mim um dos grandes diferencias de ficar no Sail Ipanema é ter o Renato e a Sarah como anfitriões. Eles são super parceiros, amam o que fazem e sempre têm muitas história boas para contar. O Renato, além de Capitão, foi o nosso guia. Ele curte demais mergulhar, surfar e tudo que envolva atividades com o mar. Ele sabe todos os pontos de mergulho, conhece todos parceis e corais, lugares e ilhas que valem a pena ir.
Conhecemos os melhores pontos de snorkel da região com muita facilidade e segurança. Tudo muito tranquilo e simples. Dificilmente teríamos essas experiências se ficássemos hospedados em terra ou em outro barco.
A alimentação no barco em San Blas
Já a Sarah é uma querida, bem tranquila, a organizadora do barco e da alimentação. Fez todas as nossas refeições e lanches. Até ensinou o Gui a fazer massa de pizza. Tudo muito gostoso.
A base da alimentação foi peixe e lagosta, que muitas vezes o Jairo e o Renato pescavam. Algumas vezes também comíamos massa e sanduíches. Também levamos um estoque de coisas que criança gosta, como barrinhas, massa de pão de queijo, tapioca e chocolate. Assim a vida ficou fácil para todos.
Os mergulhos e ilhas em San Blas
A outra vantagem é que no tempo de bobeira, entre uma atividade e a outra, o catamaran se deslocava até a próxima ilha escolhida. Uma vez ancorados, pegávamos o bote para chegar no ponto certo do snorkel. Ficávamos duas ou três horas na água vendo todos os peixes imagináveis ( e não imagináveis!), como se estivéssemos dentro de um aquário.
As vezes dávamos uma caminhada na ilha desbravando a natureza ou andávamos de SUP coletivo, aquela prancha gigante que cabem umas 6 pessoas.
Visitamos algumas ilhas, entre elas a Ilha Perro, que tem um naufrágio bem perto da superfície, o que possibilita que crianças consigam visualizar com facilidade. Hoje os ferros são tomados por lindos corais e diversas espécies de peixes. Gui amou, se sentiu o próprio mergulhador.
As ilhas da região do Cayos Holandeses foram as mais afastadas do nosso ponto de saída. Exatamente por isso são as mais preservadas e intocadas. Nessa área conseguimos mergulhar com tubarões e arraias. E também fizemos um snorkel de corrente, uma delicia ser levado pelas águas. Íamos fazendo diversas posições como se estivéssemos voando.
As caminhadas e estrelas do mar em San Blas de barco
Fizemos várias caminhadas nas terras desertas e brinquei com o Gui que éramos os descobridores. A sensação é realmente de exploradores, pois é tudo tão intacto, lindo a natureza sem a intervenção do homem.
Em outra ilha encontramos o caminho das estrelas. Não conseguimos contar quantas eram, mas com certeza mais de duzentas, enormes…
Por fim, os dias passaram muito rápido e quando nos demos conta já era hora de se despedir. Snif.. snif. Eu voltaria mil vezes. Aventura mágica.
A volta para casa depois do passeio de barco em San Blas
Podemos dizer que voltamos diferente. Conhecemos os kunas, um povo feliz e pleno, apesar dos poucos recursos e bens materiais. Voltamos completos por fazer amigos como o Renato e a Sarah e por momentos em família inesquecíveis. Antes de voltar ao Brasil, ainda ficamos dois dias na cidade do Panamá, mas essa já é outra historia.
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SAIL IPANEMA
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Para próximos destinos e tarifas de hospedagem, consulte o site ou a página do facebook
sailipanema.com.br
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Oi, sou a Alexandra Aranovich
Autora do blog Café Viagem, criadora de conteúdo e sommelier. Degusto a vida entre vinhos, viagens e café da manhã. Moro em Porto Alegre, mas vivo com o coração no mundo. Como posso te ajudar a degustar teu sonho?
Jairo, Ju e Guilherme. Curti cada momento desta viagem e já mencionei quero uma similar para mim. Belíssima experiência e cheia de encantos. é isso ai mesmo buscar por novas experiências e culturas vem sendo a tônica de meus incentivos aos passageiros. Valeu pelas dicas abs Graziela Sandri Consultoria em Viagens.
Que sonho de viagem!!!
Se não fosse a nossa tendência de passar mal em barcos, eu me atirava agora em um roteiro desses.
Amei!!
Beijão,
Fran @ViagensqueSonhamos
Sim,realmente uma viagem inesquecível,onde conhecemos pessoas e lugares incríveis voltando com aquela vontade enorme de retornar,paz total,nem sinal de fumaça pegava por lá,vários dias sem os parasitas eletrônicos…kkkkk Recomendo para que gosta de aventuras,quebrar bem a rotina e apaixonar-se pela natureza exuberante do Arquipélago de San Blas.
Adorei o post!
Estou programando ir a San Blas em julho desse ano, mas estou com receio de ter muita chuva e não conseguir aproveitar. Vi que foram em julho. Como estava o tempo? Choveu muito?
bom dia.
Estou querendo ir em abrir. é seguro a região. Ja fuo em san andres. fico preocupado com a segurança; pánama ja conheço e me sente seguro.