Algum pescador ou aventureiro por aí? O texto e fotos da viagem de pesca na Amazônia pelo Rio Negro é de Luciano Benetti, meu marido. Uma honra ter um post dele por aqui.
Recebi um convite de amigo para conhecer a Amazônia mais precisamente o Rio Negro em uma viagem de pesca, mais precisamente de pesca esportiva, onde não se mata o peixe. Na pesca esportiva se devolve o peixe ou se usa para a refeição do dia.
Viagem pelo Rio Negro na Amazônia
Fechei o pacote com a Macedo Pesca de Porto Alegre que tem a parceria com a Ecofishing, empresa especializada em pesca na Amazônia, Pantanal e Argentina.
O início da viagem em Manaus
Viajei de avião até Manaus no Amazonas onde dormimos a primeira noite e jantamos no excelente Banzeiro, um restaurante imperdível. Aproveitamos também para visitar o Manauara Shopping onde compramos alguns itens de pesca (loja Sucuri) e vinhos para levar no barco que oferecia apenas cervejas e caipirinha como bebidas alcoólicas inclusas no pacote. Aliás, ficamos surpresos ao encontrar excelentes brancos uruguaios em uma loja no shopping.
O Embarque no Rio Negro na Amazônia
No segundo dia acordamos cedo e embarcamos rumo aos nossos 6 dias navegando pelo Rio Negro até a cidade de Barcelos.
O barco da Ecofishing tem 8 suítes comportando 16 pessoas e 18 tripulantes ( capitão , marinheiro , cozinheiras e ponteiros de lanchas). Sistema de all inclusive : café, almoço, jantar e refrigerantes e cervejas.
A Pesca na Amazônia pelo Rio Negro
A coisa toda funcionava da seguinte maneira: cada lancha saia às 5h45 da manhã com um piloteiro e 2 pescadores. A gente ficava pescando até 11h45. Voltava para almoço e saia às 14h e voltava às 18h. Se quiséssemos almoçar na lancha e não voltar ao barco podíamos levar a comida.
As lanchas são como Ferraris: com carpete, um super motor, rádio e gps, muito estáveis, rápidas e seguras.
Éramos 13 pescadores no grupo entre gaúchos, mineiros, brasiliense, americanos e argentinos.
No primeiro dia navegamos no rio e o organizador da excursão, Nestor, deu uma palestra sobre a lógica da viagem, o que era permitido e o que não era, dicas de segurança entre outras curiosidades da natureza da Amazônia. A partir daí , foram 5 dias de pesca com amanheceres espetaculares, muito verde, imensidão de águas, bastante calor e muita umidade da linha do Equador.
A pesca era dividida:
1. em peixes de escamas, principal é o tucunaré que é pescado com iscas artificiais sendo lanaçada da lancha
2. peixes de couro, principal é a pirarara na qual o barco fica parado e a linha e lançada com uma isca para o fundo
Como a pesca é esportiva somente pode ser levado um peixe para o sashimi ou alguma janta especial.
+ BOOKING.COM | CONSULTE AQUI TARIFAS PARA HOTEL EM MANAUS
O que mais me impressionou:
1. A força da desconexão
Não há sinal de celular, e-mail , wi-fi, 3G ou 4G. No primeiro dia as pessoas andavam no barco com o celular, mas sem sinal !!?? Depois disso a interação do grupo vai aumentando pois não há muito o que fazer no descanso senão conversar. Se fala muito e se conversa de tudo, , em português, em inglês e em espanhol.
Como o barco tem antena parabólica e televisão à noite, vimos o jogo de futebol do Brasil x Argentina. Fiquei depressivo e reflexivo com o silêncio da última noite da viagem quando o barco estava atracado perto da cidade de Barcelos e o sinal voltou e todos retornam a sua vida digital nos seus celulares. Praticamente o grupo não conversou ou interagiu essa noite.
2. A força da natureza
A imensidão do rio, do verde, a pujança dos pássaros, araras, papagaios , pica-paus , flamingos; o inusitado das ariranhas; a presença constantes dos jacarés e iguanas. Mas os peixes são particulares: são máquinas de caçar. Aparelhadas por milhões de anos para atacar qualquer coisa que se mova. Lei da natureza e do mais forte vista de perto. Lei da sobrevivência comprovada a cada minuto. Os urbanos perderam a compreensão do que é lutar para se manter vivo a cada segundo!
3. Nada de mergulho no rio
Apesar do intenso calor (intenso mesmo!) a orientação é que não se entre no rio pois água é escura e nunca se sabe quando as piranhas e raias (que têm ferrão) estão por perto. Refresco só no chuveiro do barco ou no ar condicionado que fica todo o tempo ligado nas áreas em comum e nos quartos.
4. Luau e amizade
Por fim na última noite é feito um luau na beira de uma praia deserta com areia branca. Churrasco de tambaqui e de picanha (para os gringos!), cerveja, vinho e conversa com a noite linda ! Comemoração de todos , inclusive tripulação, a força da natureza e amizade, longe da conexão.
No último dia, pegamos um pequeno avião em uma viagem de uma hora até Manaus. De lá, um voo a Brasília e finalmente Porto Alegre. Total: 16 horas de viagem.
Voltei tentando compreender a força do o rio, da floresta , da caça do peixe (como os nativos dizem), e o que pode servir de lição para vida urbana cheia de coisas imateriais !
Dá o que pensar.
*Texto e fotos Luciano Benetti
SAIBA MAIS
ECOFISHING | PESCA ESPORTIVA NA AMAZÔNIA
End. Porto Alegre | RS: Pres. Franklin Roosevelt, 1593
Site: www.ecofishing.com.br
MAIS DICAS NO CAFÉ VIAGEM SOBRE AMAZÔNIA
5 ATRAÇÕES IMPERDÍVEIS PARA CURTIR BELÉM DO PARÁ
HOTEL: A EXPERIÊNCIA ROMÂNTICA DO RADISSON
UM TOUR GUIADO NO MUNDO DO MERCADO-VER-O-PESO
ONDE COMER EM BELÉM DO PARÁ – dicas do que provar e onde ir para passar bem
Oi, sou a Alexandra Aranovich
Autora do blog Café Viagem, criadora de conteúdo e sommelier. Degusto a vida entre vinhos, viagens e café da manhã. Moro em Porto Alegre, mas vivo com o coração no mundo. Como posso te ajudar a degustar teu sonho?
Que demais Ale e Mojo!
O texto ficou ótimo e as fotos também! A mais inusitada de todas, para mim, foi a do luau!!!
Melhor ainda a experiência em si! Também voltei apaixonada da Amazônia quando fui com as crianças!
beijos e tomara que o Mojo faça mais posts!!!
Pati