Na última sexta-feira tive uma das minhas  melhores experiências gastronômicas na Serra Gaúcha. Fazia tempo que não dava tantos pulinhos na cadeira em uma refeição, tantos suspiros. E por ironia do destino, a experiência não tinha massa, galeto ou polenta. Nada de culinária alemã ou italiana. Quem me levou ao restaurante foi uma amiga (Carla Leindes) que mora em Canela (RS).  Juntas, levamos nossas filhas, adolescentes e fãs da culinária oriental, ao surpreendente Galangal na rua principal da cidade de Canela. Foi uma noite de boas risadas e uma explosão de sabores. Posso jurar que minhas papilas gustativas soltaram fogos de artifício. Despertaram para esse fascinante lado oriental da Serra Gaúcha.

Fachada Galangal – foto site (única foto deste post que não é nossa por falha de ter ido embora tão feliz e esquecido de tirar a última foto!)

Chegamos bem cedo para garantir uma mesa próxima à lareira (sim, fazia frio).  O ambiente é escurinho e por isso algumas fotos não saíram tão nítidas. Na hora de fotografar os pratos contei com uma nova assistente do blog: minha filha iluminando à mesa com o celular. Tá contratada, Catarina!

Mesa ao lado da lareira no Galangal

A Carla me apresentou a Magda Corrêa, proprietária da casa. Fiquei curiosa para saber o motivo de um restaurante oriental tão famoso em plena Serra Gaúcha (um dos campeões de Canela no Tripadvisor!). Magda me contou que não foi bem uma viagem à Ásia que deu o start na paixão pela culinária oriental. Na verdade, foi um amor na Praia do Rosa (SC), um namoro com o cozinheiro do restaurante Tigre Asiático. Após alguns anos morando no Rosa, Magda (que na verdade era paisagista!), voltou para sua cidade natal (Canela) para montar o restaurante, estudar e aprimorar os pratos que surpreendem os comensais com sensações e delícias que vão além do sushi. É o Japão e a Ásia de forma criativa.

Por indicação da Carla, pedimos todas o carro-chefe do Galangal: a sequência especial. Aviso: ela causa uma sequência de suspiros à mesa!

Eu queria um tinto para harmonizar com a lareira e o frio que fazia naquela noite. Mas a Magda nos deu a dica certeira de um francesinho leve e tranquilo: Claude Val Rosé. Foi perfeito. Um vinho que celebrou muito bem e acentuou os sabores do que viriam a seguir
As primeiras entradas chegaram à mesa e, primeiramente, comi com os olhos e as lentes da minha câmera: sunomono, vagem japonesa, ceviche, peixe empanado… difícil lembrar o nome de tudo.

Quase não tive vez no espetacular eby fry (as filhotas famintas atacaram ligeiro !): crispies de couve manteiga e cream cheese e sashimi e hortelã. Se a refeição tivesse acabado aqui, já teria voltado feliz e saltitante para casa.

recomendo: eby fry do Galangal

Ainda teve hot e um sashimi especial que cai de amores (um deles tinha uma espécie de pasta de gengibre dentro que era fantástica!)

Lindo e delicioso

Depois dessa fartura toda, vieram os pratos principais (todos quentes) que têm uma apresentação que impressiona e dá até um showzinho.

Primeiro, chegou o salmão em crostra de ervas, com cogumelos shitake e shimeji na manteiga em processo de defumação.

Depois, foi a vez do salmão na pedra vulcânica com crispies de alho poró e uma espuma. Mais suave do que o primeiro prato e igualmente divino.

E ainda: o prato principal que mais agradou a minha filha (o menos inventivo, mas delicioso): um salmão com molho agridoce.

Quase me esquecendo, encerrando o menu (antes da sobremesa), uma porção de sashimi e sushi. Fui a única das meninas comilonas à mesa que seguiu bravamente até o fim nesse prato.

A sequência especial também inclui a sobremesa. E há sempre duas opções para escolher. Eu fui de sorvete com frutas vermelhas e mais outros ingredientes que davam charme , sabor e cor ao meu prato. A porção e a quantidade de açúcar foram na medida certa para encerrar esse banquete aplaudindo de pé.

Não parece uma pintura no prato? Dava até pena de comer

E foi o que eu fiz: levantei da mesa e fui dar os parabéns à Magda e ao Chef da casa.

O Chef da casa

E aí vai a dica: vale a pena ir até a cozinha (que é aberta) para ver as montagens incríveis dos pratos.

a preparação dos pratos na cozinha aberta do Galangal

Não fui a única que me apaixonei pelo Galangal. Minha filha Catarina já foi embora me perguntando: “quando voltaremos? Quero tudo de novo.”

Não deixe de finalizar a refeição com o chá. É divinoooo

A sequência especial não é barata, mas vale muito a pena não só pela quantidade mas pela qualidade de tudo que provamos. Custa R$ 94 (feminino) e R$ 98 (o masculino). Há outras sequências diferentes no menu e mais em conta. A sugestão é degustar com toda a calma. Não vá com pressa ao Galangal. É uma refeição zen, aromática e performática.

O Galangal virou a nossa parada obrigatória em Canela e Gramado. Vale até um bate-volta de POA até a Serra no fim de semana só para almoçar lá.

—> Dica com crianças 

se os seus filhos não são enlouquecidos por sushi e pratos asiáticos ( como os meus, são), saiba que o restaurante é super kids-friendly e prepara pratos especiais para a gurizada. Arroz, bife, massa, ovinho, feijão… está tudo no cardápio infantil, só pedir!

SAIBA MAIS

RESTAURANTE GALANGAL
Osvaldo Aranha, 321 – Canela – RS
Tel.: (54) 3282-8205
De terça a sexta, das 18h30 às 23h30. Sábado e domingo das 12h às 16h e das 18h30 às 23h30.
Site: www.galangal.com.br

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Oi, sou a Alexandra Aranovich

Autora do blog Café Viagem, criadora de conteúdo e sommelier. Degusto a vida entre vinhos, viagens e café da manhã. Moro em Porto Alegre, mas vivo com o coração no mundo. Como posso te ajudar a degustar teu sonho?

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