Por que incluir a Bienal de Veneza no seu roteiro? Com tantas atrações clássicas pela cidade flutuante da Itália, talvez a Bienal não esteja nos seus planos. Mas deveria. Adicionei um dia extra em nosso roteiro só para visitá-la — e valeu cada minuto. A edição de 2025, dedicada às urgências climáticas, me emocionou, surpreendeu e despertou reflexões que trouxe comigo na mala e neste post do Café Viagem.
Com tantas atrações em Veneza, por que visitar a Bienal?
Se você estiver planejando uma viagem a Veneza na Itália entre maio e novembro, não deixe de reservar pelo menos um dia inteiro para explorar os pavilhões da Bienal com calma.
Fundada em 1895, a Bienal de Veneza é hoje uma das instituições culturais mais prestigiadas do mundo. Promove grandes eventos em diversas áreas: Arte (1895), Arquitetura (1980), Cinema (1932), Dança (1999), Música (1930) e Teatro (1934).
Bienal de Veneza: um ano dedicada à arte, no outro, à arquitetura
As exposições internacionais de arte e arquitetura adotaram uma nova estrutura a partir de 1998 e se tornaram referência mundial em inovação e tendências. Aliás, vale lembrar: a Bienal de Veneza acontece em edições alternadas — um ano dedicada à arte, no outro, à arquitetura.
Mais do que um evento cultural, a Bienal transforma a cidade flutuante da Itália em um grande palco (e laboratório) de ideias, provocações e criatividade.
Sobre a Bienal de Arquitetura de Veneza 2025: uma exposição que pensa o futuro de um planeta em chamas
Em tempos em que a Terra registra as temperaturas mais altas da história, enfrentando incêndios, secas e inundações, é preciso pensar — e agir — de forma diferente. Com o título “Intelligens. Naturale. Artificiale. Collettiva.”, a Bienal de Arquitetura de 2025 propõe um olhar colaborativo e criativo para os desafios climáticos da nossa era.
A exposição apresenta projetos que exploram soluções arquitetônicas por meio de três tipos de inteligência: natural, artificial e coletiva.
Cada país tem o seu pavilhão, com projetos que dialogam com o tema central da crise climática.
Como visitar a Bienal de Veneza
As sedes principais das exposições são o Giardini e o Arsenale, abertos ao público das 11h às 19h (fechados às segundas-feiras). Você pode comprar os ingressos nas bilheterias dos espaços ou online no site oficial: www.labiennale.org
Ambos os espaços contam com estrutura de banheiros, cafés, bares e restaurantes.
>> Dica Café Viagem
Há também exposições gratuitas da Bienal espalhadas por Veneza. Visitamos uma delas em um palácio com jardim e café — um achado delicioso, lindo e super fotogênico!
Vale conferir: Palazzo Cavalli-Franchetti e Moro Café
Ingresso Bienal de Veneza
Compramos nosso ingresso no local (entrada do Giardini). Pagamos 25 euros (€25) na modalidade One-Access Ticket, que permite uma entrada no Giardini e outra no Arsenale (mesmo em dias não consecutivos). Também há opções de ingresso para 3 dias (€35), uma semana ou com tour guiado.
Minha experiência na Bienal de Veneza – Arquitetura 2025
No meu roteiro Itália com amigas, tive o privilégio de visitar a Bienal de Arquitetura de Veneza 2025, que vai até 23 de novembro. E mesmo sem ser da área, me surpreendi profundamente.
O tema deste ano — crise climática e soluções urgentes — é tratado com inteligência, sensibilidade e diversidade de olhares. Foi impossível ver tudo em apenas um dia. Por isso, priorizamos alguns pavilhões: Brasil, Alemanha, Reino Unido, Dinamarca, países nórdicos, entre outros.
Pela manhã, fomos ao Giardini, onde está o pavilhão do Brasil. À tarde, visitamos o Arsenale, com destaque absoluto para o pavilhão do Reino do Bahrein, vencedor do Leão de Ouro nesta edição.
+ veja aqui o vídeo no Instagram @cafeviagem sobre a visita à Bienal
Veja também: resumo do Roteiro Itália com amigas
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O pavilhão que nos arrebatou
Em meio ao calor de junho em Veneza, o espaço mais fresco de toda a exposição foi, curiosamente, o que mais nos impactou: o pavilhão do Bahrein, vencedor do Leão de Ouro em 2025.
Seu projeto, chamado “Heatwave”, apresenta soluções arquitetônicas inovadoras para enfrentar o aumento extremo das temperaturas nas cidades. A proposta mistura tradição e tecnologia: poços geotérmicos, chaminés solares, torres eólicas e pátios sombreados criam um microclima sustentável e surpreendente.
Simplesmente genial — e incrivelmente necessário!
Pavilhão do Brasil: ancestralidade
Confesso que tive dificuldade em compreender o pavilhão brasileiro. Talvez por falta de tempo, talvez pela densidade do conteúdo. Mais tarde, descobri que ele foi inspirado em descobertas arqueológicas recentes, que revelaram infraestruturas sofisticadas desenvolvidas por povos indígenas na Amazônia há mais de 10 mil anos. O projeto propõe uma reflexão sobre como saberes ancestrais podem inspirar soluções arquitetônicas para o presente e o futuro.
Complexo, sim. Mas potente!
Um pensamento inevitável: as enchentes do Rio Grande do Sul
Diante de tantas ideias criativas e provocadoras na Bienal de Veneza, foi impossível não lembrar das enchentes que devastaram meu estado, o Rio Grande do Sul, em maio de 2024.
Ali, no coração de Veneza, me peguei sonhando:
Quem sabe, um dia, o Rio Grande do Sul também possa apresentar na Bienal de Arquitetura de Veneza um projeto eficaz, testado e transformador sobre esse tema das enchentes e da crise climática.
Se isso acontecer, eu quero estar lá!
SAIBA MAIS
Bienal de Veneza (edição de arquitetura 2025)
De 10 de maio a 23 de novembro de 2025
Próxma edição: Bienal de Arte em 2026 – de 9.05 – 22.11
Locais principais: Giardini e Arsenale – Veneza, Itália
Horário: das 11h às 19h (última entrada às 18h45)
Fechado às segundas-feiras, exceto nos dias 12 de maio e 17 de novembro
Ingressos: no local ou em www.labiennale.org
Instagram oficial: @labiennale
Programação completa no site oficial em: GENS – Biennale Architettura 2025
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Oi, sou a Alexandra Aranovich
Autora do blog Café Viagem, criadora de conteúdo e sommelier. Degusto a vida entre vinhos, viagens e café da manhã. Moro em Porto Alegre, mas vivo com o coração no mundo. Como posso te ajudar a degustar teu sonho?